Sem pudor

Funcionário de clube na Pampulha é preso ao ser flagrado passando a mão em alunas de escola pública que faziam excursão no local
Um funcionário do Iate Tênis Clube, localizado na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, foi preso em flagrante na manhã de ontem por cometer atentado ao pudor contra quatro meninas. As vítimas – uma garota de 13 anos e três crianças de 7 – são alunas de uma escola municipal e estavam em excursão no local. Segundo a polícia, J.H.O., de 59 anos, que cuida das piscinas, teria passado a mão nas nádegas delas durante as atividades. As estudantes contaram o fato para um monitora, que chamou a Polícia Militar. O suspeito foi autuado por contravenção penal, já que a delegada que recebeu a ocorrência não classificou o caso como estupro de vulnerável.

As vítimas são alunas da Escola Municipal Milton Lage, que fica no Jardim Vitória, na Região Nordeste, e estavam no clube com outras cerca de 80 estudantes. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, existe um convênio entre a prefeitura e o clube, que cede espaço de lazer para ser usado eventualmente por alunos da rede pública.

Segundo a Polícia Militar, durante a recreação, uma menina de 13 anos contou que ao sair da piscina para vestir uma saia, Oliveira se aproximou e passou as mãos nas nádegas dela. A adolescente contou o fato a uma monitora da escola, que acompanhava o grupo. Esta mulher avisou as outras profissionais e elas passaram a vigiar o suspeito. Pouco tempo depois, ele foi flagrado passando novamente as mãos nas nádegas de outras duas meninas, de 7 anos, que se aproximaram dele para perguntar se podiam usar uma piscina menor.

GRITOS 

Ao ver a cena, a monitora foi para cima do piscineiro e ainda viu ele passar a mão em mais uma menina. Dessa vez, a mulher começou a gritar com ele. Alguns salva-vidas que estavam no local abordaram o homem e o seguraram até a chegada da polícia.

A PM encaminhou o suspeito para a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). A delegada Carla, que atendeu a ocorrência, explicou que o suspeito foi autuado no artigo 61 da Lei de Contravenção Penal, que é “importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de modo ofensivo ao pudor”. Ainda segundo a policial, não ficou classificado o estupro de vulnerável, já que não ficou caracterizada a intenção de violentar as crianças. Ele foi encaminhado para o Juizado Especial e deverá ter a pena convertida em multa.

De acordo com a PM, J.O. é funcionário do clube há 22 anos. Um supervisor do local acompanhou a ocorrência e informou que o acusado nunca teve comportamento inadequado antes.