Galo contará com a volta de Leonardo Silva e Leandro Donizete e acredita em reação do seu quarteto ofensivo
Se a intenção é ter um time competitivo, aguerrido e temível, o Atlético trabalha arduamente para recuperar a força e voltar a dar confiança ao torcedor às vésperas do duelo com o Newell's Old Boys, amanhã, às 21h50, no Independência, pelas semifinais da Libertadores. Mesmo em desvantagem após perder por 2 a 0 em Rosário, Cuca acredita que o quarteto de ataque formado por Ronaldinho Gaúcho, Jô, Diego Tardelli e Bernard vai recuperar as grandes atuações da primeira fase. Por sua vez, as notícias vindas do departamento médico ajudam a elevar a autoestima: o zagueiro Leonardo Silva (foto) e o volante Leandro Donizete treinaram com bola e devem estar em campo.
Nas últimas três exibições na competição internacional, somente Diego Tardelli conseguiu marcar. Ele fez um dos gols no empate por 2 a 2 com o Tijuana, no México, enquanto Ronaldinho, Bernard e Jô passaram em branco. Recuperar o poderio ofensivo é um dos objetivos da comissão técnica, que viu o Galo deixar de balançar as redes adversárias pela segunda vez diante do Newell's – a primeira foi na derrota para o São Paulo por 2 a 0, na primeira fase, quando os mineiros já estavam garantidos nas oitavas.
O quarteto ofensivo é responsável por quase 80% dos gols alvinegros na competição. Diego Tardelli e Jô dividem a artilharia com o argentino Scocco, com seis gols cada. Bernard só conseguiu marcar na goleada sobre o Arsenal por 5 a 2, na Argentina, em fevereiro (fez três), enquanto Ronaldinho se destacou mais nas assistências: foram 7 e quatro gols.
Na primeira fase, o Galo chegou a balançar as redes 16 vezes, média 2,6 por jogo. A partir das oitavas de final, o ritmo caiu um pouco: foram nove tentos, média de 1,8. “Vemos no semblante de cada um a confiança e o respeito. A nossa força ofensiva continua a mesma e temos de pensar sempre positivamente. É preciso pressionar, mas sem descuidar na defesa. Todos precisam de atacantes decisivos. Preciso estar bem para fazer a diferença. Precisamos chamar a responsabilidade para aparecer no momento certo”, afirma Jô.
O centroavante afirma que o tempo precisa ser bem administrado. Ele não marca gols desde a goleada sobre o Cruzeiro por 3 a 0, na primeira partida da final do Mineiro, há quase dois meses, mas se cobra para ajudar a equipe: “O pensamento é fazer o primeiro gol dentro de 20 minutos, mas paciência é fundamental. Sei que nos últimos jogos não fui bem, mas é preciso manter o entusiasmo. Um atacante não pode ficar tanto tempo sem marcar e espero que agora possa sair”.
CONFIANÇA
Leonardo Silva e Leandro Donizete participaram da roda de bobo e do coletivo tático comandado por Cuca, ontem à tarde. O zagueiro estava em tratamento de luxação no ombro esquerdo e passou os últimos dias aprimorando a forma física. Apesar de ainda ter se submeter ao refortalecimento muscular, se mostra confiante: “Temos um departamento médico competente e vale também a dedicação nos treinos. Essa partida é a mais importante e sempre vamos de mostrar algo mais, ter superação dentro e fora de campo e acreditar sempre. A cabeça tem de estar boa e o corpo melhor ainda”.
O caso de Donizete seria mais sério, pois o jogador sofreu estiramento na coxa direita, mas houve evolução repentina. Ele ainda se submeterá a teste pra avaliar suas condições.
O presidente Alexandre Kalil acompanhou a atividade e depois conversou reservadamente com Cuca, dando-lhe apoio. Independentemente do resultado, o treinador continua prestigiado, porque a missão também é levantar o título brasileiro.
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